Lifelong learning: por que você deve levar esse conceito para sua organização?

Lifelong learning: por que você deve levar esse conceito para sua organização?

Para continuarem relevantes e atuantes nas próximas décadas, organizações de todo o mundo precisarão investir na educação continuada de seus colaboradores.

De acordo com um relatório publicado pela Dell Technologies (2018), 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram inventadas. Esse é um cenário animador, pois indica uma tendência muito forte de inovação. Por outro lado, esse cenário desperta a seguinte preocupação: será que os colaboradores da minha empresa estão preparados para este futuro? Será que o conhecimento que eles construíram ao longo de anos de estudo e de trabalho será útil em uma década?

Para respondermos a essas perguntas, é necessário pensarmos um pouco mais sobre o ciclo tradicional de aprendizagem. Desde muito cedo, somos ensinados que o caminho para uma carreira de sucesso é concluir a escola, cursar uma faculdade e, para aqueles que desejam ir além, buscar uma pós-graduação. Esse roteiro pressupõe que o estudo é uma atividade pontual, passageira, e que conhecimento é fixo: concluída a instrução formal, a pessoa não teria mais motivos para estudar e deveria iniciar sua carreira.

As grandes empresas, sobretudo do setor de tecnologia, nos mostram que não é bem assim. A ampliação do acesso ao ensino superior e a facilidade de transmitir novas informações ao redor do mundo aceleraram os processos de inovação, ao ponto em que, ao terminar uma graduação, muito do seu conhecimento já estará desatualizado. Ora, se isso é uma realidade para as gerações mais novas, imagine para aquele colaborador que se formou há décadas. É aí que entra o lifelong learning, ou aprendizagem para a vida toda.

A aprendizagem não é mais um evento pontual. Ela é dinâmica, pode ocorrer em qualquer lugar e a qualquer tempo. Não apenas pode, como deve. Para superar a automatização proporcionada pelos avanços das tecnologias, seus colaboradores precisarão aprender, desaprender e reaprender continuamente. Mas isso gera um paradoxo: se o conhecimento será perdido em pouco tempo, por que investir em capacitação?

Acontece que algumas competências são mais duradouras do que outras. Conhecimentos técnicos e operacionais têm grandes chances de serem superados pela automatização dos processos ou se tornarem obsoletos por conta da inovação. Entretanto, competências como pensamento crítico, criatividade e habilidades comportamentais nunca envelhecem, pois são justamente aquelas que as máquinas não conseguem reproduzir (ainda!). Por esse motivo, uma boa estratégia desenvolver cursos e trilhas de aprendizagem mais completas para esses temas.

Assuntos que passam por atualizações mais frequentes, como o uso de sistemas, operação de máquinas e equipamentos, vendas, etc. podem fazer uso de metodologias rápidas de ensino, como o microlearning. Dessa forma, seus colaboradores estarão sempre atualizados e o risco de que um grande em investimento em educação seja prejudicado é reduzido.

Qualquer que seja a abordagem escolhida, uma coisa é clara: foi-se o tempo em que era possível concluir um curso formal e se acomodar. Hoje, aprender é um processo para a vida toda, pois as novidades surgem a todo instante. E as organizações que não entrarem nessa realidade ficarão para trás.